quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dia Mundial dos Oceanos


O Programa Eco-Escolas da nossa escola não deixou de assinalar o dia mundial dos oceanos (8 de Junho), neste caso organizando uma conferência sobre o mar como fonte de recursos e da necessidade de proteger as espécies que o habita, mais uma vez dada pelo Prof. Dr. Paulo Maranhão, docente do IPL, e natural de Rio Maior.

Foi a segunda vez que  o Prof. Paulo Maranhão se dirigiu este ano há nossa escola, tendo realizado uma palestra para alunos do 6º C e do 8º B.

Recordamos que os alunos da turma 6º C se encontram envolvidos no projeto Cadetes do Mar, pelo que esta palestra veio completar a sua perspetiva relativamente aos oceanos, neste caso pelo ângulo económico e ambiental.

Foto de arquivo: Professor Dr. Paulo Maranhão do IPL.

Dia Mundial do Ambiente/Ano Internacional do Morcego


Assinalámos este ano o dia Mundial do Ambiente/Ano Internacional do Morcego, numa iniciativa conjunta com o Departamento de Matemática e Ciências Experimentais e a Biblioteca Escolar, através de uma exposição, onde foram apresentados trabalhos realizados por alunos da turma A do oitavo ano, sob a coordenação dos docentes João Correia e Paula Garção, relativos ao Ano Internacional do Morcego; da turma D do 5º ano, sob a coordenação da docente Ivone Simões, relativa ao tema "Espécies em Extinção"; do 5º C, sob a orientação da docente Maria José Veríssimo, relativa ao aquecimento global; uma mostra de materiais selecionado pelo docente Paulo Português, em representação da Biblioteca Escolar e ainda trabalhos realizados por alunos do 5º B sob a coordenação das docentes Carla Nabeiro e Maria Clara Rodrigo, nomeadamente as maquetes de morcegos.


Este trabalho teve ainda a colaboração dos docentes Ivone Grácio e Rodrigo Goulão.


Foi ainda projetado o filme submetido ao concurso "Eco-Repórteres da Energia".


Deixamos aqui algumas imagens relativas a este evento:
















Receitas próprias obtidas pela venda de resíduos


Em meados do ano letivo foi estabelecida uma parceria com a empresa Reciprémio para a recolha de resíduos da nossa escola visando a sua valorização, comprometendo-se a referida empresa a compensar a nossa escola com um valor monetário por quilo recolhido. Desta relação resultaram em receitas próprias para a escola os seguintes valores (€):

metais- 76,40
papel/cartão- 9,25
material elétrico- 14,70
plástico- 12,60

Estes valores são modestos, mas no que toca ao plástico e papel, há que contar que não foram implementadas as necessárias medidas conducentes a um maior aproveitamento dos resíduos produzidos na escola, o que deverá acontecer no próximo ano letivo.

João Correia

Rolhas (de cortiça) que dão folhas - balanço final


Caros colegas, encarregados de educação e alunos;

Começámos a nossa campanha de recolha de rolhas de cortiça em Janeiro, e reunimos, até Maio, 25 sacos de rolhas, que foram devidamente entregues ao Continente.

Como se sabe, prometiam-se prémios "chorudos" às escolas que mais rolhas recolhessem. A nossa escola, como podem ver em baixo no link disponibilizado, não está entre esse grupo restrito, mas, inesperadamente e de forma extra-regulamentar, o Continente decidiu premiar a nossa escola com uma leitor de DVD no valor aproximado de 60€, pelo que ficámos agradavelmente surpreendidos!

De referir que, a nível nacional, foram recolhidos 81 toneladas de rolhas! Impressionante!

No link em baixo poderão consultar os vencedores, entre outras informações.


http://www.responsabilidadesocial.continente.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=20&Itemid=24

Eco-Repórter da Energia 2012

Apresentamos seguidamente o filme que este ano produzimos para o concurso Eco-Repórteres da Energia, promovido pelo Programa Eco-Escolas, e que contou com a participação dos alunos Leonor Santos e António Castro do oitavo ano, do Daniel Palma do sétimo ano, para além do Engenheiro Pedro Borges, do pai do Daniel Palma, do Presidente da Junta de Freguesia de Alcobertas e do funcionário da estação de tratamento de efluentes suinícolas. Os trabalhos foram coordenados pelo coordenador do projeto da nossa escola, Prof. João Correia. Apresentamos ainda o folheto de divulgação do concurso.

 


terça-feira, 26 de junho de 2012

Eco-Código 2011/12

Apresenta-se aqui o trabalho efetuado por alunos do 5º ano, sob supervisão do professor Rodrigo Goulão, na realização do nosso cartaz Eco-código.

O cartaz foi apresentado ao concurso relativo a este tipo de cartazes organizado pelo Programa Eco-Escolas.

As frases apresentadas resultaram duma proposta apresentada aos diretores de turma das turmas do 1º ao 3º ciclo, no sentido dos alunos escreverem frases relativas aos temas Resíduos, Água, Energia e Agricultura Biológica.  As frases apresentadas no cartaz foram selecionadas a partir desse trabalho inicial.






quinta-feira, 3 de maio de 2012

Lince ibérico passa de "criticamente em perigo para "em perigo"

Jornal Púbico:

Avaliado estatuto de conservação do lince-ibérico, para uma situação melhor
30.04.2012
Helena Geraldes 


A saída do lince-ibérico da lista das espécies criticamente em perigo de extinção está a ser ponderada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), devido aos esforços de conservação na Andaluzia. Se o estatuto mudar, o lince-ibérico passará para espécie em perigo de extinção.
Os três pilares da conservação do lince-ibérico – a população selvagem, a reintrodução de animais na natureza e o programa de reprodução em cativeiro – estão a registar uma evolução "espantosa", disse neste domingo à agência espanhola Europa Press o suíço Urs Breitenmoser, co-presidente da UICN e que, nesta organização, é presidente do grupo de especialistas em felinos. Este perito esteve nos últimos dias em Espanha para avaliar o que está a ser feito para travar o desaparecimento do felino mais ameaçado do planeta, o Lynx pardinus.



 Desde 2002, o lince-ibérico está classificado como criticamente em perigo de extinção na Lista Vermelha da UICN. A redução drástica das populações de coelho-bravo, a sua principal presa, por causa de duas doenças, a mixomatose (surgida na década de 1950) e a febre hemorrágica viral (década 1980), é apontada como a maior ameaça ao lince. Mas não a única. A sua situação é explicada ainda pela destruição do habitat - o matagal mediterrânico -, pela perseguição directa e por atropelamentos.

Urs Breitenmoser contactou no terreno com os técnicos de conservação da espécie. “Estou realmente satisfeito com o trabalho que está a ser feito na Andaluzia”, disse este especialista, que também é investigador da Universidade de Berna e trabalha na conservação do lince-ibérico desde 2001. Por isso, anunciou, a UICN “está a ponderar a possibilidade de baixar a categoria de protecção do lince-ibérico de ‘criticamente em perigo para ‘em perigo’ de extinção”.

O último censo, de 2011, estima que vivem em liberdade 312 linces-ibéricos em Espanha, mais 37 animais do que no ano anterior e mais 218 do que em 2002, ano em que apenas restavam 94 linces.

Para Urs Breitenmoser, é “especialmente significativo” que as duas grandes populações deste felino, em Doñana-Aljarafe e na Serra Morena (Andújar-Cardeña), estejam a crescer há alguns anos e que as áreas de reintrodução em Córdova (Guadalmellato) e Jaén (Guarrizas) estejam a perfilar-se como zonas que, “em breve, possam acolher mais linces”.

O especialista destacou ainda o papel “tão importante” do programa de reprodução em cativeiro ex situ, que está a reforçar as populações naturais.

Nem tudo está feito

Urs Breitenmoser preferiu não adiantar mais informações sobre a questão, dado que ainda é preciso analisar todos os dados científicos. No entanto, salientou que não gostaria de ser mal interpretado, uma vez que uma espécie ‘em perigo de extinção’ ainda corre riscos. “O trabalho feito não é senão uma pequena parte do que ainda nos falta fazer”, disse, referindo-se especialmente ao apoio da sociedade à conservação do lince. Na sua opinião, as populações humanas precisam de perceber que este projecto oferece possibilidades de progresso e desenvolvimento, porque a conservação de uma espécie única no mundo “também pode criar postos de trabalho”. Em tempos de dificuldade económica é “ainda mais importante que nunca” que a sociedade receba mensagens positivas, como esta. “É importante que as pessoas falem de Espanha não só como o país que acolhe a selecção que ganhou o Mundial de Futebol”, disse Urs Breitenmoser. A conservação do lince-ibérico “é uma grande oportunidade para dar uma imagem de Espanha excelente a todo o mundo”.

Ainda assim, considera que a possibilidade de baixar o estatuto de ameaça era algo “impensável” há dez anos, quando “todos sonhávamos com esta possibilidade”.

Em Portugal, a espécie está virtualmente extinta. De momento avançam vários projectos de recuperação do habitat natural do lince, entre os quais na região de Moura/Barrancos e na Serra da Malcata. Na outra vertente, na conservação ex situ, o Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico, na Herdade das Santinhas, em Silves, inaugurado em Maio de 2009, recebeu o primeiro animal a 25 de Outubro de 2009. Era a Azahar, uma fêmea cujo nome quer dizer "flor de laranjeira". Actualmente, vivem em Silves 18 linces (nove fêmeas e nove machos). Este número ainda não inclui as 17 crias que nasceram nesta época reprodutora.

As categorias em causa:

Criticamente em Perigo: quando se considera que a espécie enfrenta um risco de extinção na Natureza extremamente elevado.

Em Perigo: quando se considera que a espécie enfrenta um risco de extinção na Natureza muito elevado.

Segundo a UICN, a atribuição de um estatuto de ameaça assenta na avaliação de cinco critérios: redução da população (no passado, presente e futuro); dimensão da distribuição geográfica e fragmentação, declínio ou flutuação; efectivo populacional reduzido e fragmentação, declínio ou flutuação; população muito pequena ou distribuição muito restrita e análise quantitativa do risco de extinção.

domingo, 29 de abril de 2012

Artigo Região de Rio Maior: O lado verde de Book Parade


O artigo que se segue contém um erro no seu início. Onde se lê "O projeto “Book Parade” foi proposto à equipa pedagógica das Bibliotecas Escolares do nosso agrupamento..." deve ler-se "O projeto “Book Parade” foi proposto pela equipa pedagógica das Bibliotecas Escolares do nosso agrupamento...". 


De facto, o Bookparade é uma iniciativa da equipa das Bibliotecas Escolares do nosso Agrupamento.
o Lado Verde Do Book Parade

Artigo Região de Rio Maior: Auditoria Ambiental

EDICAO 1227 PAGINA 06

terça-feira, 10 de abril de 2012

orangotangos sem casa para viver

Orangotangos de Samatra sem floresta para fugir a fogos e explorações de óleo de palma
10.04.2012
Helena Geraldes

Os primeiros dez dias de Abril trouxeram menos fogos à floresta de Samatra mas pouco alívio para os orangotangos que aí vivem. Estes primatas, dos mais ameaçados do planeta, estão a ficar sem floresta para fugir dos incêndios que lavram há semanas e das explorações de óleo de palma.

“Felizmente têm havido muito menos incêndios nestes primeiros dez dias de Abril” na floresta de Tripa, disse hoje ao PÚBLICO Ian Singleton, director de conservação do Programa para a Conservação do Orangotango de Samatra.

No final de Março, a organização alertou que três companhias de produção de óleo de palma estavam a atear, todos os dias, dezenas de incêndios na floresta de Tripa, em Samatra, para preparar a terra para a exploração. “Estamos extremamente preocupados. Se o ritmo actual de destruição continuar, não haverá floresta nem orangotango de Samatra, espécie classificada como Criticamente Ameaçada de Extinção, nem quaisquer outras espécies selvagens protegidas no final de 2012”, escreveu em comunicado a 27 de Março.

Agora, a vaga de incêndios parece estar a abrandar. “Tem chovido com regularidade e, normalmente, os incêndios que são ateados de dia extinguem-se durante a noite”, acrescentou Ian Singleton.

Além disso, o responsável acredita que as companhias de produção de óleo de palma poderão ter suspendido os fogos. “A questão da sobrevivência dos orangotangos despertou muito interesse nos media. Talvez seja por isso.” Mas o que Ian Singleton não sabe é quanto tempo isso vai durar.

Os orangotangos fogem dos incêndios se tiverem floresta onde se refugiar. Segundo imagens de satélite de 26 de Dezembro de 2011, dos 60.000 hectares de floresta de Tripa originais existiam menos de 13.000 hectares; só entre 2009 e 2011 foram completamente destruídos 5000 e estima-se que tenham morrido 100 orangotangos.

“É muito provável que muitos animais tenham morrido nos últimos seis meses, por causa da destruição da floresta, especialmente os animais que tenham ficado em árvores isoladas pelas chamas. Ainda assim, muitos terão fugido, o que está a aumentar a concentração de animais nas florestas que ainda existem. Nesses locais, a competição por alimentos é cada vez maior”, disse o responsável.

A vida destes primatas é dificultada ainda por quem está no terreno. “Alguns dos animais estão a ser abatidos ou capturados pelos funcionários das companhias.” De momento não se sabe ao certo quantos animais morreram.

A indústria do óleo de palma expandiu-se na Indonésia que é agora o país que mais produz e exporta este produto alimentar também utilizado como biodiesel.

Desde 2011 está em vigor na Indonésia uma moratória de dois anos que suspendeu todas as licenças para limpar a floresta. A decisão fez parte de um contrato com a Noruega de mil milhões de dólares (752 milhões de euros) para reduzir o dióxido de carbono emitido nos încêndios.

Mas nem sempre tem sido cumprida. A última concessão para exploração foi dada em Agosto de 2011 à empresa PT Kallista Alam, por Irwandi Yusuf, antigo governador de Aceh. Este justificou a decisão com a intenção de chamar a atenção para a negligência dada às políticas de combate às alterações climáticas. Para a organização, foi uma irresponsabilidade e levou o caso a tribunal. No início do mês, o tribunal decidiu não se pronunciar. Irwwandi Yusuf admitiu mais tarde que a decisão foi "moralmente errada".

quarta-feira, 28 de março de 2012

Dia Mundial da Água - 22 de Março

Apresentam-se seguidamente os trabalhos apresentados no âmbito da comemoração do dia mundial da água, que foram realizados pelas turmas 7ºC, 8ºA, 8ºC, 5º C e 5ºE, no âmbito das disciplinas de Ciências Naturais (8º) e Ciências da Natureza (5º), sob orientação dos docentes Maria José Veríssimo, Ivone Simões e João Correia. A montagem da exposição teve ainda a colaboração do professor José Lopes, da docente Sónia Lopes e dos alunos Cristiana Conceição do 8ºB e Leonardo Pedrosa do 8º C.

Esta exposição incide sobre a problemática da poupança de água, a implementação do "Projeto Rios" na nossa escola e a biodiversidade existentes em ecossistemas aquáticos.

Para além da exposição de materiais, foi distribuído pela escola um folheto sobre a poupança de água, projetou-se uma apresentação em powerpoint e houve uma palestra para o 5ºC sobre a importância da proteção de zonas húmidas pelo Prof. Dr. Paulo Maranhão do Instituto Politécnico de Leiria no dia 21 de Março.

De destacar ainda um pequeno filme sobre técnicas para a poupança de água com base em materiais disponíveis no site da DECO.


View more presentations from boaera.



Folheto baseado em documento produzido pela Câmara Municipal de Manteigas.
























domingo, 25 de março de 2012

Limpar Portugal- alunos do 5º D (e profs!) em ação

Atividade realizada em 23 de Março, último dia de aulas e véspera do dia Limpar Portugal. Alunos do 5º D, professores: Ivone Grácio, Rodrigo Goulão, Margarida Lage e João Correia. Colaboração da Junta de Freguesia de Rio Maior e Bombeiros Voluntários de Rio Maior.











Um belo troféu!


Mesmo em frente à escola!



Professores Rodrigo Goulão e Margarida Alexandre em ação.





Bombeiros emprestam-nos uma escada.

Que espécie é esta?????????



Limpeza das margens.

artigo sobre o dia mundial da floresta autóctone

artigo floresta autóctone 8

sexta-feira, 16 de março de 2012

As lindas cores de vinho da Ribeira de S. Gregório


ah....e já agora o cheiro!

Pois. Um prazer em todas as dimensões. Uma obra de arte mesmo em frente à escola marinhas do sal, com assiduidade semanal, pelo que percebi. Um espetáculo a ver nas fotos aqui. Algumas pessoas já notaram, mas penso que grande parte ainda não atendeu com suficiente atenção ao espetáculo.






domingo, 11 de março de 2012

um povo inteiro muda-se devido ao aquecimento global

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Foto: Foto: Reuters
Nikumaroro, um dos 32 atóis que formam o Kiribati

Habitantes de Kiribati querem ir todos para as Fiji
10.03.2012
Ana Gomes Ferreira

Kiribati, um pequeno país formado por 32 atóis e uma ilha-vulcão no Oceano Pacífico, quer mudar-se para as Fiji. O Beretitenti (Presidente) está a negociar a compra de 20km2 nas Fiji para mudar para lá toda a população.

Se os 103 mil habitantes já viviam apertados, em 811 km2, vão passar a viver ainda mais juntos.

Não se trata de um capricho dos governantes em Tarawa (a capital). Kiribati vai desaparecer devido à subida das águas provocada pelas alterações climáticas. Pensaram então em deslocar toda a gente para a maior e mais montanhosa das ilhas do arquipélago das Fiji, Viti Levu, explicou Filimoni Kau, o secretário das Terras e Recursos Naturais.

Filimoni Kau, que falou com a agência espanhola EFE por telefone, disse que as negociações ainda não terminaram. Os terrenos pertencem a um conjunto de igrejas que pedem pelos 20 quilómetros quadrados 7,5 milhões de euros.

“O nosso povo terá de ser deslocalizado quando as marés chegarem às povoações e às casas”, anunciara na semana passada o Presidente, Anote Tong, num discurso ao país.

Várias dezenas de pessoas já se mudaram, tornando-se refugiados climáticos, um estatuto que é reconhecido pelas Nações Unidas. Muitos dos já afectados vivem num acampamento provisório montado na capital. A subida das águas não é a única ameaça a Kiribati — também se regista uma crescente salinização dos aquíferos (as reservas de água doce). A água salgada contaminou os poços, o que quer dizer que não há água suficiente para os habitantes, para os animais e para as plantações; a população sobrevive cada vez mais de uma dieta de arroz e enlatados.

Se o acordo com as Fiji se concretizar, a população não será levada toda de uma vez para a sua nova terra. Terão de ser negociados muitos ítems. Por exemplo: serão refugiados, imigrantes, kiribatis? Poderão encontrar emprego sem ser tratados como indivíduos de segunda classe? “Teremos de ser imigrantes qualificados, gente que tem um lugar na comunidade”, disse Tong, que chegou a ponderar (porque quando as águas engolem um país nenhuma hipótese deve ser posta de lado) a possibilidade de Kiribati passar a ser um país sobre uma gigantesca plataforma sobre o mar, ou de construir muros altíssimos à volta de todas as ilhas habitadas. Há quatro anos que o Governo deste país que vive da exportação de peixe e do turismo negoceia com ilhas vizinhas a possibilidade de compra ou aluguer de terreno para alojar os seus 103 mil habitantes.

Kiribati não é o único arquipélago do Pacífico ameaçado pela subida das águas. A mesma ameaça paira sobre as Ilhas Marshall e sobre Tuvalu. Segundo os dados divulgados pelo Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas, o nível dos oceanos poderá subir de 18 a 59 centímetros até o fim do século.